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domingo, 29 de julho de 2012

"Duas rosas brancas" - Publicado na Antologia "Os mais belos Poemas de Amor" - edição 2010



Duas rosas brancas


E
Então
Instalou-se
Um silêncio
Oco
A pulsar
Dentro
De palavras
Mudas
Perdidas
Em um abraço
Negado
Ali
Jaziam
As rosas brancas
Esquecidas
Sob um céu negro
De estrelas
Que apagaram-se
Lentamente
Uma a uma...

Escureceu
Por onde
Andarás
Agora?




domingo, 22 de julho de 2012

"O abraço" - Publicado na 79ª Antologia de Poetas Contemporâneos Brasileiros - CBJE


O abraço

Neste abraço
Somente
Uma camada de pele
Separa
Os nossos corações
Que pulsam
E
Choram
E
Aliviam
Neste abraço
Os olhos
Transbordam lágrimas
Contidas
E
Inúteis
Dois corpos
Anatomicamente
Diferentes
Sentimentalmente
Idênticos
Completam-se
Entrelaçam-se
Misturam-se
Cada um doando
Sua mais
Íntima
E
Única
Porção



domingo, 15 de julho de 2012

Domingo é dia de Poesia!


Poema publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, na Antologia de Poetas Contemporâneos Brasileiros - Edição 78




E ponto final!

Ah! Como eu queria
Abandonar-me
Sentada
Nesta cadeira
Descolar
A alma do corpo
E voar
Romper
A vida
Em velocidade
De ventania
Levantando
Em meu encalço,
Poeira
Cacos de alma
Pensamentos
Liquidificados
Horas de tempo
Tempo de dias
De embaraços
E surpresas
De vôo de balão
Para até
Junto de
Deus




domingo, 8 de julho de 2012

Poema publicado na Antologia 77, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores



Montenegro


Hoje
Eu senti saudades de Montenegro
Mas não é só hoje!
É nunca! É sempre!
É ausência!
É liberdade vazia
Cheia de cacos de alma
Que costuro todos os dias
Com as fitas de cetim, aquelas,
Que há anos coleciono
Trato de dar um jeito na casa
Caminho por entre
Pessoas que não me veem
Ou sequer sentem o que sinto
Olho o relógio
E mais um dia se esvai
Pincelado de sol
E salpicado de estrelas
Faço comida,
Faço contas de tempo
Encho a jarra d’água
E me perco nela
A gata,
A dor,
A saudade
Sempre comigo
E assim
Vou tecendo esperanças
Em linhas douradas
No tear da vida

 




domingo, 1 de julho de 2012

Poema publicado pela CBJE edição 76


Pesadelo


Adormecida
Estou
O sono
Engole-me
Enquanto luto
Em vão,
Por despertar
Estou
Presa dentro
Do meu
Próprio
Corpo
Este estranho
Invólucro
Da minha
Alma
De
Anjo