Montenegro
Hoje
Eu senti saudades de Montenegro Mas não é só hoje! É nunca!
É sempre!
É ausência! É liberdade vazia Cheia de cacos de alma Que costuro todos os dias Com as fitas de cetim
Aquelas
Que há anos coleciono Trato de dar um jeito na casa Caminho por entre Pessoas que não me veem Ou sequer sentem o que sinto Olho o relógio E mais um dia se esvai Pincelado de sol E salpicado de estrelas Faço comida Faço contas de tempo Encho a jarra d’água E me perco nela A gata A dor A saudade Sempre comigo E assim Vou tecendo esperanças Em linhas douradas No tear da vida |